Os povos ciganos em MT, recentemente, têm fixado seus territórios, mas ainda identificam‐se como andarilhos. Segundo o pesquisador AZEVEDO SILVA (2009), os vários grupos ciganos possuem diferentes conhecimentos, cosmologias, olhares, visões de mundo e ensinamentos milenares. A educação cigana ocorre no bojo familiar e é tecida por narrativas orais de cunho mitológico. Ao manter tais tradições, evidencia‐se uma educação entrelaçada ao meio‐ambiente. Para eles, registrar os mitos é também conservar a memória e a identidade cigana.
Os ciganos, comumente, são vistos como um único povo e como uma cultura generalizada, com receio e com desconfiança por aqueles que não têm esta identidade, estes, muitas vezes, os atacam, praticando injustiças, emprestando‐lhe má fama e a reputação de ladrões. Todavia, não existe um único tipo de cultura cigana, mas sim diversas comunidades (historicamente diferenciadas) chamadas de ciganas, que podem ou não manter relações de semelhanças ou diferenças umas com as outras. Os ciganos Kalon estão no país desde o século XVI e vieram oriundos da Península Ibérica especialmente França, Espanha e Portugal; já os Rom chegaram no século XIX , vieram dos Bálcãs e Europa Central.
Os ciganos em MT são, principalmente, da identidade Kalon, com maior foco nos municípios de Alto Garças, Cuiabá, Guirantinga, Juscimeira, Juara, Pedra Preta, Rondonópolis, São José do Povo, Sinop, Tangará da Serra e Várzea Grande. Estão em território mato‐grossense a mais de 100 anos.
Referência: SILVA, Regina Aparecida da. Do invisível ao visível: o mapeamento dos grupos sociais do estado de Mato Grosso - Brasil. São Carlos: UFscar, 2011.
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