Agricultores Familiares

O camponês não trabalha, labuta' são palavras do filósofo Aristóteles. É nesta via que apresentamos os agricultores familiares que são também chamados de camponeses, colonos, pequenos produtores familiares, trabalhadores rurais, entre outras denominações. Em MT, este grupo está presente em diversos pontos do Estado.
Variando no tipo de produção agrícola, têm preferência aos insumos com defensivos naturais e ao controle biológico das pragas, numa prática agrícola que busca ser mais cuidadosa com o ambiente e com a saúde humana.

Uma extensa lista de violências tem caracterizado a luta destes povos na defesa de seus modos de vida e de seus territórios. Scolese (2008), ao avaliar os dados em
conjunto do INPE, do IBGE, do Ministério do Trabalho e da CPT evidencia que os municípios que mais desmatam na região amazônica são também os que mais registram trabalho escravo e violência no campo.
Os conflitos sociais no campo, no Brasil, não são de exclusividade dos nossos tempos.

São marcas do desenvolvimento e do processo de ocupação do campo no país
(OLIVEIRA, 1994). Nesta luta, desde os anos 80, o MST‐MT, se destaca como uma força organizativa que representa os agricultores familiares na acirrada luta em favor da
reforma agrária no Estado de MT.

Associado as atividades de agricultura, em sua maioria, estes povos são também extrativistas, com intensa relação às atividades da agricultura familiar. Alguns
agricultores familiares desenvolvem pequenas atividades, como: a produção de farinha de mandioca que utilizam em seu fazer o ralo, caititu, prensa, o sucuri, pá, peneira, pilão e tachos para torrar. A produção de rapadura que é feita do caldo de cana de açúcar, configura‐se como forte expressão das comunidades ao longo do Rio Cuiabá, nos
municípios de Barão de Melgaço e Poconé. Em seu fazer utilizam o engenho artesanal, a fornalha, gamela, mesa e grade para a secagem. Alguns têm também como parte de suas
atividades a produção do mel, geralmente, em pequena escala para a subsistência familiar.

Referência: SILVA, Regina Aparecida da. Do invisível ao visível: o mapeamento dos grupos sociais do estado de Mato Grosso - Brasil. São Carlos: UFscar, 2011.
Disponível em: <https://onedrive.live.com/view.aspx?cid=17DC7D667214610D&resid=17DC7D667214610D%21343&app=WordPdf>.

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